O calcanhar de Aquiles-concurseiro
Quem
nunca fez uma prova e ao rever as questões horas depois, ou até mesmo ao sair
do local de exame, falou: “Não acredito, eu sabia essa questão!” ?
Dificilmente
conseguimos acertar todas as questões que almejamos e nos culpamos por não ter
estudado mais. Porém, só erramos o que não deixamos de estudar? Para refletir
sobre isso, comecemos indicando quais são os tipos de “erros” que mais
cometemos:
a a) Não ter
estudado o assunto abordado na questão
b b) Ter
estudado o assunto, mas não o ter compreendido bem
c c) Má
interpretação do enunciado
d d) Desconhecimento
do significado de uma ou mais palavras contidas na questão
e e) Desatenção
com um termo geral ou muito restritivo
f f) Contaminação
dos “frutos” – quase toda a questão é correta, mas uma informação final ou
inicial é incorreta
g g) Afirmação
literal de algum dispositivo legal – cópia exata da legislação e
desconsideração das demais ressalvas
h h) Esquecer
das exceções quando uma regra é afirmada de modo restritivo
...
Analisando esse breve rol de pedras em nosso
caminho, fica claro que são diversos motivos além do estudo insuficiente do
programa.
Então, vamos buscar no Direito Penal dois
conceitos que nos ajudarão a entender essa problemática:
O erro
é um acontecimento humano de estado positivo, ou seja, o erro é a falsa
representação da realidade, é a crença de ser A, sendo B, é o equivocado
conhecimento de um elemento.
A ignorância,
por sua vez, é um acontecimento humano de estado negativo. A ignorância
difere do erro por ser a falta (e não a falsa) de representação da realidade, o
total desconhecimento, isto é, a ausência do saber de determinado objeto. (CURSO ON-LINE - DIREITO PENAL PARA AFRFB
- PROFESSOR PEDRO IVO)
Assim,
o “erro” e a “ignorância” são causadores dos nossos problemas em provas:
O erro
é a falsa representação – exemplos c / e / f / g – relaciona-se à interpretação
equivocada, desatenção.
A
ignorância é a falta de representação – exemplos b / d / h – relaciona-se ao
desconhecimento do assunto abordado ou de alguma informação essencial.
Visto
isso, temos que a reflexão sobre os nossos “erros”(equívocos) em provas é de
suma importância, pois ora estão relacionados com o pouco estudo ou estudo
insuficiente/restrito (ignorância), ora relacionados com equívocos na
interpretação ou desconhecimento da forma de abordagem (erro).
(Wesley França: Técnico do Seguro Social, Pós graduando em Direito Previdenciário, Administrativo e Constitucional, concurseiro, escritor amador e editor do blog)
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