Brasília confirma: concurso do INSS neste ano
 sexta-feira, 29 de abril de 2011 
      Diante dos insistentes apelos do  ministro da Previdência, Garibaldi Alves, ao Ministério do Planejamento,  finalmente está definido que o concurso  para técnico do INSS será realizado ainda este ano, como uma das  exceções admitidas para áreas consideradas prioritárias pelo governo  federal, entre as quais está o atendimento nos postos do INSS. 
     Esta informação foi colhida pela FOLHA DIRIGIDA junto à Assessoria de Comunicação do Ministério da Previdência, que confirmou a realização  do encontro entre os dois ministros (Garibaldi Alves, da Previdência, e  Miriam Belchior, do Planejamento) até o dia 15 de maio, adiantando,  entretanto, que já foi estabelecido um pré-acordo garantindo a  realização do concurso.
A  assessoria não quis adiantar o total de vagas que será oferecido, nem a  data provável da liberação do edital, limitando-se a afirmar que a única  informação disponível é de que o concurso será mesmo realizado este  ano, como tem sido a pretensão do ministro Garibaldi Alves, que se  mostra preocupado com a implementação de novas agências (estão previstas 720 novas agências) para ampliar a rede de atendimento aos usuários do INSS. Segundo a assessoria do ministro, esta preocupação está alinhada com a diretriz do governo federal de melhorar esse nível de atendimento.
Histórico -  Como se sabe, o concurso está em pauta desde o final do ano passado e a  previsão inicial era de 2 mil vagas. O planejamento inicial contemplava  a realização de vários concursos periódicos, pois o levantamento  apresentado pelo Ministério da Previdência apontava um déficit de 10 mil  servidores.
Entretanto, logo após a posse da  presidente Dilma Rousseff, o governo federal anunciou a suspensão  temporária dos concursos públicos para os órgãos da administração  direta, sob pressão dos gastos públicos e diante da necessidade de  reduzir o déficit orçamentário. 
Na mesma época em que foi anunciada a suspensão dos concursos federais, o  Ministério do Planejamento admitiu o estudo de caso a caso, se houvesse  necessidade premente de contratação de pessoal em alguns setores  considerados prioritários como, por exemplo, o próprio INSS, a Polícia  Federal, Receita Federal entre outros.
Balanço -  Além da necessidade de contratar servidores para as 720 agências  previstas no Plano de Expansão da Rede de Atendimento (PEX) do Instituto  Nacional do Seguro Social (INSS),  há outros fatores que evidenciavam a urgência de um concurso para a  autarquia, vinculada ao Ministério da Previdência Social. São eles: o  déficit de mais de 10 mil servidores e a expectativa de aposentadoria de  um grande contingente de funcionários nos próximos anos (até dezembro 7  mil já terão direito à aposentadoria).
Esse  quadro também vem pressionando a realização do concurso e, várias vezes,  o próprio ministro Garibaldi Alves insistiu que iria pleitear a  realização do concurso ainda para este ano o que, pelas informações  vindas esta semana de Brasília, está acertado e deverá ser oficializado  até o final do mês.
Além disso, em recente  entrevista à FOLHA DIRIGIDA, a secretária de Gestão do Ministério do  Planejamento, Ana Lucia Brito, confirmou que a situação de pessoal do INSS estava sob análise, o que, de certa forma, também sinalizava a possibilidade da confirmação do concurso.
Segundo  algumas fontes de Brasília, o concurso só ainda não teria sido  anunciado oficialmente para evitar o desgaste de imagem do governo, pois  a percepção que a mídia passou para a sociedade foi de que os concursos  estavam, de certa maneira, definitivamente suspensos. Assim, estaria  sendo dado um intervalo de tempo para que esse concurso (e,  eventualmente outros que possam entrar em pauta) pudessem ser  assimilados de forma gradual, como uma necessidade premente e apenas  como uma exceção à regra geral estabelecida para este ano.
Outro  fator positivo que estaria contribuindo para esta decisão é o fato de  as contas públicas da área federal terem fechado com grande superávit  nos primeiros meses do ano, surpreendendo, de forma favorável, os  analistas que acompanham o desempenho das contas públicas.
Necessidade -  Para contornar os problemas relativos à falta de pessoal, até 2014, o  INSS planeja 10 mil contratações (8 mil para o cargo de técnico, que  exige o nível médio, e 2 mil para analista do seguro social, de nível  superior). Desse total, a pretensão inicial seria de, pelo menos, 2 mil  contratações este ano. 
Os vencimentos são de  R$2.980, para os técnicos, e R$4.917, para os analistas. Com a  gratificação de desempenho, as remunerações podem chegar a R$3.280 e  R$5.580, respectivamente.  
A carência de servidores resulta da falta de uma política periódica de  concursos. O INSS ficou anos sem contratar profissionais, até realizar a  última seleção, em 2007/2008, ao passo que o número de segurados  cresceu exponencialmente desde a década de 1990. Além disso, o  desligamento de pessoas foi recorrente no mesmo período, por conta de  diversos fatores, tais como saída de funcionários para outros órgãos ou  para iniciativa privada, exonerações e falecimentos.  
O  envelhecimento da força de trabalho também é reflexo da ausência de  concursos, que impossibilitou a renovação do quadro de pessoal. Segundo o  INSS, nos próximos quatro anos, aproximadamente a metade dos 35 mil  servidores da autarquia poderá se aposentar. Essa situação não é  exclusiva do instituto, estando diversos órgãos federais em condições  similares. 
Muitas dúvidas - A  indefinição do concurso, que poderá ser definitivamente desfeita nos  próximos dias, gerou muitas dúvidas entre milhares de candidatos que, em  todo o país, estavam mobilizados em seus estudos, logo que foi  anunciada a realização do concurso no final do ano passado.
Esses  candidatos têm feito repetidos apelos, endossados por muitos  professores que atuam na área de cursos preparatórios, para que haja uma  definição sobre a realização ou não do concurso o que, agora, é  esperado para o final deste mês.
Tudo indica, pelas informações coletadas, que o concurso, agora, deverá mesmo ser confirmado.
        
Será que abrirão vagas para as agências que ainda não foram construídas? Está prevista a construção de uma agência na minha cidade (uma das 720 novas aps), contudo ainda não começaram a construir. Alguém aí tem idéia do que acontece nesses casos?
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