Várias pedras aparecem no caminho do estudante, mas saiba que isso é quase uma regra com todos, o detalhe de quem venceu é que soube lidar melhor com esses obstáculos. Veja como utilizar todas essas pedras e construir o seu castelo da aprovação, como já dizia o saudoso Drummond!
1 Não se lembrar do que estudou
A memória prega peças em todo concurseiro. Após estudar atentamente o
conteúdo, o candidato tenta recuperar os conceitos mas, por mais esforço
que faça, não se lembra. Com isso, desanima. E agora?
Dica: “O candidato precisa entender que não é uma
máquina”, diz Sanches. Segundo ele, é comum estudar alguns pontos e não
se lembrar. “Não significa que na hora da prova ele não vai se recordar,
muitas vezes o conteúdo é cobrado de uma forma que o candidato consegue
puxar na memória”, diz.
O também professor da LFG e palestrante William Douglas concorda que o
concurseiro precisa ter consciência que isso é comum. Ele recomenda que o
candidato mantenha a concentração durante o estudo, use técnicas de memorização
e repita mais vezes o conteúdo. “Uma hora a matéria vai fixar, se ele
não se lembra, significa que ainda não repetiu o bastante”, diz.
2 A demora do edital
Você sabe o que quer e está estudando muito para chegar lá. Mas, um
detalhe muda todo o cenário: o edital do concurso público parece
“encantado”. Simplesmente não sai.
Dica: Prestar concursos parecidos, na mesma área, é o
conselho de Douglas. “Assim ele vai adquirindo experiência”, diz.
Segundo ele, o candidato não pode se deixar abater pela demora dos
editais.“O candidato tem que pensar: o edital está demorando a sair? Que
bom, tenho mais tempo para me preparar”, aconselha.
O professor Rogério Sanches também diz que fazer provas de concursos
passados é uma boa pedida. “É uma maneira de se autoavaliar e de se
inteirar sobre o quanto evoluiu”, diz.
Não foi desta vez. Você deu o seu melhor e não conseguiu nem ir para a
segunda fase do concurso. Já começa a pensar que carreira pública não é
para você.
Dica: “Aquela reprovação pode ser o caminho para o seu sucesso”,
diz Sanches. É preciso extrair o que há de positivo nesta situação. “O
candidato pode enxergar as causas para não cometer os mesmos erros no
próximo concurso”, diz o professor.
Douglas lembra que a cada reprovação o candidato dá um passo. “Ser
reprovado faz parte do processo”, diz. Passar na primeira vez que se
presta um concurso é muito raro, lembra o professor. “Gênios podem
passar, mas pessoas normais não passam nos primeiros concursos que
prestam”, diz.
4 Reprovação por pouquíssimos pontos
Tinha tudo para passar, mas a bola “bateu na trave”. Foi reprovado na
última fase por alguns “famigerados” pontos. Na classificação geral se
vê pouco atrás do último aprovado. Só de pensar em começar tudo de novo
você tem vontade de chorar.
Dica: “A pessoa tem que ter consciência de que está no
caminho certo”, diz William Douglas. Por mais difícil que isso seja,
segundo ele, uma reprovação assim não é motivo para se deprimir e, sim,
para comemorar. “Ele tem que pensar: estou na fila, estou quase lá”,
diz. Se continuar fazendo tudo como tem feito, a aprovação virá em
breve.
5 Família que não apoia
“Essa é uma das questões mais complicadas”, diz Douglas. Você se
esforça. Estuda, estuda e estuda. Mas, em casa, o clima pesa e sua
família não confia em você. Sem esse apoio tão importante fica cada dia
mais difícil prosseguir motivado.
Dica: “A recomendação é entrar por ouvido e sair pelo
outro” diz Douglas se referindo a possíveis conselhos desmotivadores
vindos de familiares. Não deixe o desânimo ou a falta de confiança do
seu parente contaminá-lo. “Quem tem que confiar em você é você mesmo”,
diz o professor.
Procurar passar mais tempo ao lado de pessoas otimistas como
professores e outros concurseiros é uma boa pedida, na opinião dele. “É
que nem rádio, você tem que ouvir aquela que mais lhe agrada. Gente
pessimista é que nem rádio ruim, tire do dial porque só vai deprimir
você”, diz.
6 Fraudes em concursos
Notícias de fraude em concurso não faltam. Jogo de cartas marcadas,
pessoas que fazem provas no lugar de outras, gabaritos que “vazam”. O
“modus operandi” varia, mas o resultado é o mesmo: muitos concurseiros
prejudicados. A corrupção desmotiva qualquer cidadão e quando ele se vê
diretamente afetado por ela, dói ainda mais.
Dica: Notícia de fraude significa que a sujeira está
sendo tirada debaixo do tapete. “Significa que estão sendo pegas”, diz
Douglas. De acordo com ele, o concurseiro deve lembrar que há também
muitos concursos honestos e que a polícia, ministérios públicos e
tribunais de contas estão correndo atrás dos fraudadores.
7 Estafa
Concorrência alta, uma pilha de livros, aulas, matérias enfadonhas e
horas sentado estudando são a receita de um cansaço mental, físico e
psíquico. “Geralmente vem tudo junto e a estafa é da mente, corpo e
espírito”, diz Douglas.
Dica: Tente criar sistemas para se manter motivado.
“Motivação não é como a vacina antitetânica que só se toma a cada 10
anos, tem que algo diário, no mínimo semanal”, diz o especialista.
Vídeos e livros sobre o tema podem ajudar bastante.
O professor Rogério Sanches também recomenda intercalar o estudo de
matérias que menos gosta com o estudo daquelas que lhe são mais
prazerosas. “Comece pela mais chata e deixe aquela que mais gosta para
depois”, diz.
Assim você aproveita o pique para encarar o desafio da matéria que não é
muito a sua praia, sabendo que, depois, poderá de dedicar ao assunto
com o qual se identifica mais.
Encaixar um dia de descanso e uma atividade física na rotina também é
fundamental para manter o ritmo, na opinião de Douglas. “Desde sempre um
descanso semanal é recomendado e isso vale para os concurseiros
também”.
Fonte: Revista Exame (adaptado)
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